Competir é
a prioridade de qualquer pessoa que treina agility. Seja por diversão ou para
de fato testar suas habilidades frente a outros competidores. Estar em uma
prova de Agility é, para a grande maioria, o objetivo final. Poucos se
contentam apenas em treinar e voltar para casa.
Os últimos
dois anos foram bem bacanas para mim como competidor nos Estados Unidos.
Conseguimos resultados respeitáveis e acabamos recebendo o reconhecimento de
muitas pessoas ao redor do país. A terceira colocação no US Open de 2015 e o
título regional Sudeste de 2016 foram o ápice. Mas, nosso desempenho caiu
consideravelmente nos últimos seis meses e mesmo a respeitável nona colocação
no US Open 2016 em Novembro acabou me mostrando que meus cães estão ficando
velhos e isso é algo que eu vou ter que aprender a lidar. Brown está com 9 anos
de idade e Jack Bauer indo para 8 anos de idade.
Mas a vida
é engraçada e se minha preocupação era não ter nenhum cão competitivo para 2017
eis que o destino muda a direção da minha vida no Agility completamente.
Comecei com a “brincadeira” de julgar provas de Agility nos Estados Unidos em
2015 quando me afiliei como juiz da UKI e recebi meu primeiro convite para
julgar um pequeno torneio regional na Flórida.
Tunel Duplo: a experiência que deu certo |
Mas como se
destacar em um país com tantos juízes qualificados onde até a competição para
ser convidado para julgar é enorme? Resolvi arriscar e comecei a desenvolver
percursos ousados (porém sempre observando pontos importantes com ângulos e
aproximações nos contatos). Brincar com túneis acabou se tornando minha marca
registrada e os americanos adoraram a idéia, o que acabou culminando com a criação
do “túnel duplo” (foto ao lado), que acabou virando minha assinatura em meus
percursos. A galera pirou e rapidamente mais convites para julgar começaram a
chegar.
Com notas
muitos altas nas minhas avaliações, e recomendações por parte da coordenação da
UKI não demorou muito para convites de outros Estados começarem a chegar, e lá
fui eu visitando vários Estados americanos com tudo pago pelos clubes que
arcavam com minhas despesas para que eu julgasse suas provas.
No segundo
semestre de 2016 veio o convite para o maior desafio até então: julgar o primeiro
torneio regional da UKI. A UKI Southeast CUP ou Torneio Regional Sudeste
aconteceu nesse mês de janeiro em Brooksville na Flórida e foi um baita
desafio, vencido com muito suor, frio, chuva, trabalho e finalizando com uma
nota de avaliação muito alta. Vitória!
E se em
2017 provavelmente eu não terei cães competitivos, como disse anteriormente o
universo escolheu o momento certo para isso, afinal eu estarei bem ocupado
julgando. Até agora, já são 6 provas confirmadas, dentre elas provas
na Philadelphia, Washington, Atlanta e é claro na Flórida. Ainda mais podem vir
pois o prazo para o convite a juizes para as provas de 2017 ainda está aberto.
Tudo isso irá culminar no provável maior desafio da minha carreira como juiz:
julgar o US OPEN 2017, um dos maiores torneios nacionais de agility do país.
A vida é
mesmo engraçada. Eu que tive a oportunidade de ser juiz de Agility no Brasil
mas decidi não o fazer porque não me achava capacitado para isso. Acho que tudo
tem seu tempo.
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