terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Agility: Julgando e mudando prioridades!

Competir é a prioridade de qualquer pessoa que treina agility. Seja por diversão ou para de fato testar suas habilidades frente a outros competidores. Estar em uma prova de Agility é, para a grande maioria, o objetivo final. Poucos se contentam apenas em treinar e voltar para casa.

Os últimos dois anos foram bem bacanas para mim como competidor nos Estados Unidos. Conseguimos resultados respeitáveis e acabamos recebendo o reconhecimento de muitas pessoas ao redor do país. A terceira colocação no US Open de 2015 e o título regional Sudeste de 2016 foram o ápice. Mas, nosso desempenho caiu consideravelmente nos últimos seis meses e mesmo a respeitável nona colocação no US Open 2016 em Novembro acabou me mostrando que meus cães estão ficando velhos e isso é algo que eu vou ter que aprender a lidar. Brown está com 9 anos de idade e Jack Bauer indo para 8 anos de idade.

Mas a vida é engraçada e se minha preocupação era não ter nenhum cão competitivo para 2017 eis que o destino muda a direção da minha vida no Agility completamente. Comecei com a “brincadeira” de julgar provas de Agility nos Estados Unidos em 2015 quando me afiliei como juiz da UKI e recebi meu primeiro convite para julgar um pequeno torneio regional na Flórida.

Tunel Duplo: a experiência que deu certo
Mas como se destacar em um país com tantos juízes qualificados onde até a competição para ser convidado para julgar é enorme? Resolvi arriscar e comecei a desenvolver percursos ousados (porém sempre observando pontos importantes com ângulos e aproximações nos contatos). Brincar com túneis acabou se tornando minha marca registrada e os americanos adoraram a idéia, o que acabou culminando com a criação do “túnel duplo” (foto ao lado), que acabou virando minha assinatura em meus percursos. A galera pirou e rapidamente mais convites para julgar começaram a chegar.

Com notas muitos altas nas minhas avaliações, e recomendações por parte da coordenação da UKI não demorou muito para convites de outros Estados começarem a chegar, e lá fui eu visitando vários Estados americanos com tudo pago pelos clubes que arcavam com minhas despesas para que eu julgasse suas provas.

No segundo semestre de 2016 veio o convite para o maior desafio até então: julgar o primeiro torneio regional da UKI. A UKI Southeast CUP ou Torneio Regional Sudeste aconteceu nesse mês de janeiro em Brooksville na Flórida e foi um baita desafio, vencido com muito suor, frio, chuva, trabalho e finalizando com uma nota de avaliação muito alta. Vitória!

E se em 2017 provavelmente eu não terei cães competitivos, como disse anteriormente o universo escolheu o momento certo para isso, afinal eu estarei bem ocupado julgando. Até agora, já são 6 provas confirmadas, dentre elas provas na Philadelphia, Washington, Atlanta e é claro na Flórida. Ainda mais podem vir pois o prazo para o convite a juizes para as provas de 2017 ainda está aberto. Tudo isso irá culminar no provável maior desafio da minha carreira como juiz: julgar o US OPEN 2017, um dos maiores torneios nacionais de agility do país.


A vida é mesmo engraçada. Eu que tive a oportunidade de ser juiz de Agility no Brasil mas decidi não o fazer porque não me achava capacitado para isso. Acho que tudo tem seu tempo.

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